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terça-feira, 21 de maio de 2013

Descoberto sítio arqueológico próximo às obras da Nova Tamoios, em Paraibuna

Vestígios arqueológicos relacionados a um grupo indígena de tradição cultural Aratu foram encontrados em Paraibuna, no Vale do Paraíba, em São Paulo. A descoberta foi feita há oito meses pelo grupo de arqueólogos contratados pela DERSA – Desenvolvimento Rodoviário S/A para fazer prospecção e regate arqueológicos nas áreas de influência das obras de duplicação do Trecho de Planalto da Rodovia dos Tamoios. A presença do Grupo Aratu é rara na região do Vale do Paraíba, cuja população indígena mais comum era a Tupiguarani. Os Aratus são conhecidos pela agricultura (plantio de milho, feijão mandioca e amendoim) e produção de peças cerâmicas. O sítio tem mais de cinco mil metros quadrados e está localizado próximo à margem do Reservatório de Paraibuna, local que no passado era ocupado pelo curso do Rio Paraíba. Foram encontrados fragmentos de utensílios cerâmicos (tigelas, potes etc) e material lítico lascado, predominantemente em sílex e quartzo, utilizados geralmente como ferramentas de corte e perfuração. No local, também foram encontrados vários fragmentos de urnas funerárias, utilizadas para armazenar os restos mortais dos antigos ocupantes. Pela quantidade de peças encontradas, trata-se de uma grande aldeia, com centenas de pessoas. Estima-se também que os índios tenham vivido nessa região antes do período de colonização do Brasil, por volta de 1400, pois os vestígios encontrados não apontam indícios de que a tribo tinha contato com os portugueses, que chegaram ao país em 1500. Porém o período específico só poderá ser apontado após a análise de amostras de carvão, encontradas no solo. Patrimônio Os trabalhos de prospecção e resgate arqueológicos promovidos pela DERSA fazem parte do Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural, que por sua vez está inserido no processo de Licenciamento Ambiental da Nova Tamoios Planalto. A área em que os vestígios foram encontrados não será afetada diretamente pelas obras, por isso será preservada e utilizada para pesquisas. A partir de sua descoberta ela passa a ser patrimônio arqueológico da União. Os objetos resgatados como amostras serão estudados em laboratório e reconstituídos com auxílio de computação gráfica e posteriormente disponibilizados para exposição à população. Para o local preservado há um projeto para transformá-lo em sítio-escola.