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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

CEMAVE/ICMBIO LANÇA 2ª EDIÇÃO DO PAN ARARA-AZUL-DE-LEAR

Brasília (08/01/2013) – O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave/ICMBio), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), lança a 2ª edição do Plano de Ação Nacional para a Conservação da Arara-Azul-de-Lear e comemora o aumento da sua população na natureza, que em 2006 foi estimada em 502 araras e em 2012 atingiu o número de 1.263 indivíduos. O analista ambiental do Cemave/ICMBio, Antônio Eduardo Araújo, destaca que o empenho de muitos parceiros concorreu para o importante resultado obtido na recuperação da espécie, a exemplo do programa de geração de renda alternativa para as comunidades; o programa de ressarcimento de milho, que visa minimizar os conflitos causados por ataques de arara-azul-de-lear em cultivos de milho nos municípios da área de ocorrência da espécie; além do desenvolvimento de pesquisa necessária à conservação da espécie. “Os resultados são animadores, mas há muito trabalho a ser feito para superar o principal desafio para a conservação da espécie, a perda de hábitat”, afirma. Com formato inovador, a 2ª edição do PAN destaca o envolvimento das comunidades locais com o programa de conservação e contempla também a palmeira licuri ou ouricuri (Syagrus coronata), cujos frutos constituem o principal alimento da arara-azul-de-lear e tem sofrido o impacto de ação destrutiva, além de procedimentos de resgate e destinação de aves feridas ou apreendidas. A primeira parte do Plano de Ação apresenta uma compilação do conhecimento obtido ao longo de dez anos da existência do Programa de Conservação da Arara-Azul-de-Lear, além de apresentar as ameaças que a espécie está submetida. A segunda parte traz o planejamento que será implementado ao longo de cinco anos visando a conservação da espécie, assim como seus objetivos e ações. A espécie A arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) é uma espécie criticamente ameaçada de extinção, endêmica do bioma da Caatinga, com ocorrência em nove municípios na região norte-nordeste da Bahia. Mede entre 70 e 75 cm e pesa em torno de 900 gramas. Possui bico negro e a cauda muito longa. A cabeça e o pescoço são azul-esverdeados, a barriga azul-desbotada, as costas e o lado superior das asas e da cauda azul-cobalto. Anel perioftálmico amarelo-claro, pálpebra azul-clara, branca ou levemente azulada, barbela quase triangular em forma de nódoa amarela-enxofre clara, situada de cada lado da base da mandíbula, mais pálida que o anel perioftálmico. O Cemave Em 2012 o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres celebrou 35 anos de criação. Com sede em Cabedelo, cidade litorânea da Grande João Pessoa (PB), o Cemave/ICMBio atua em todo o território brasileiro, sendo reconhecido no Brasil e no exterior pela sua contribuição à Ornitologia e à conscientização conservacionista. O escopo do Centro é focado na coordenação do Sistema Nacional de Anilhamento (SNA) – sistema para difundir e coordenar o uso do anilhamento como técnica de pesquisa com aves na natureza para gerar informações para subsidiar políticas e ações para a conservação das espécies e seus hábitats no Brasil –, desenvolvimento de pesquisas, avaliação do estado de conservação das aves silvestres brasileiras, elaboração de planejamentos para a conservação das espécies e implantação de ações voltadas à conservação das aves e o seu monitoramento. O Cemave/ICMBio promove ainda treinamento para o uso da técnica do anilhamento em projetos de pesquisa com aves. Para saber mais, acesse o site do Cemave/ICMBio. Comunicação ICMBio