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terça-feira, 27 de março de 2012

Portal acompanha volume de água que entra e sai do País


O Brasil é um dos poucos países do mundo a saber diariamente o volume de água que entra pelas suas fronteiras na Amazônia e o volume que sai para outros países pelas principais bacias do País, além do total que deságua no Oceano Atlântico. Com isso, o Brasil terá um maior controle da disponibilidade hídrica de suas bacias hidrográficas e um melhor acompanhamento dos eventos hidrológicos críticos, como cheias e secas, em bacias compartilhadas com outros países. O Balanço Hídrico Superficial do Brasil terá uma página própria disponível a partir do dia 22 no site da Agência Nacional de Águas (ANA): http://balancohidrico.ana.gov.br/.

Com esse balanço, o Brasil passa a ter um controle via satélite, de hora em hora, em todos os rios fronteiriços e transfronteiriços – o Amazonas, o Madeira e o Iguaçu, por exemplo – da quantidade de água que entra no País. Este trabalho, inédito na América do Sul, é realizado com várias instituições nacionais que colaboram no levantamento e na disponibilização das informações. O controle conta com dados enviados de hora em hora via satélite ou sinal de celular pelas estações de monitoramento.

Inicialmente, o Balanço Hídrico Superficial do Brasil tratará de aspectos quantitativos relativos às águas brasileiras com e sem contribuição de outros países. Além disso, o Brasil pretende ter o controle da qualidade dos rios fronteiriços e transfronteiriços até 2015, conforme prevê o Programa Nacional de Avaliação da Qualidade das Águas (PNQA). Esta iniciativa da ANA tem o objetivo de ampliar o conhecimento sobre a qualidade das águas superficiais, de forma a orientar a elaboração de políticas públicas para a recuperação da qualidade ambiental em rios e reservatórios, contribuindo com a gestão sustentável dos recursos hídricos.

Disponibilidade hídrica

O Brasil produz 12% da água doce superficial do planeta e por aqui passam 18% de toda água doce de superfície da Terra (com contribuição externa); 34,9% das Américas; e 56,9% da América do Sul. O Brasil detém um considerável volume de água doce superficial e a distribuição de água potável abrange uma vasta área geográfica, sendo que há uma desigualdade na distribuição do recurso. Enquanto 68% da água doce está na região Norte (onde a maior parte da bacia Amazônica está localizada), esta região possui cerca de 8% da população. A região Sudeste, que inclui importantes centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro, detém 6% de água doce do Brasil e 45% da população.

Instituições parceiras

Contribuem para o levantamento e a disponibilização das informações as seguintes instituições: Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Centro Gestor do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (Daee/SP), Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri/SC), Águas do Paraná, Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac/PE), Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh/SE), Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh/AL), Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (COGERH/CE), Agência da Lagoa Mirim (ALM), Universidade Federal do Rio Grande, Itaipu Binacional, Eletronorte, Instituto Estadual do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro (Inea/RJ), Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema/BA), entre outros.
Texto:Ascom/ANA